quinta-feira, 22 de outubro de 2009

"Raptos 2010" - exposição de pintura e desenho

“ RAPTOS ” AGLUTINANDO O DESENHO ÀS PRÁTICAS HUMANISTICO-LITERÁRIAS DA POESIA, CONJUGANDO O CARIZ HISTÓRICO, NAS TEMÁTICAS ICONOGRÁFICAS E MITOLÓGICAS, ESTE PROJECTO VEM DEMONSTRAR AS INTENÇÕES DO AUTOR/ARTISTA QUE AO SE EXPOR, EXPÕE TAMBÉM NOVAS, VISÕES, SUAS, PRÓPRIAS, NO SEU MODO DE ESTAR EM SOCIEDADE. ESTE PROJECTO ASSUME A CORRELAÇÃO ENTRE A JUVENTUDE, A EDUCAÇÃO E A CULTURA; CONCEBE-SE A CULTURA COMO EDUCAÇÃO, LAZER E CAPACIDADE DE INOVAR. PROJECTO DE JUVENTUDE, ESTE, ASSUME-SE COMO COMPROMISSO CRÍTICO, QUE É A ARTE, DE INTERVENÇÃO NA CULTURABILIZAÇÃO DA SOCIEDADE, CONCILIANDO A ARTE , A POLÍTICA E A RELIGIÃO NUM SÓ... Aqui, torna-se mais fácil aplaudir o retorno ao neo-figurativo, provido de um cariz quase “ cartoonístico ” e “ caricatural ”, de matriz crítica e intervencionista, não se distinguindo o sincretismo patente entre as formas geométricas afirmadas e as tentativas frustradas de as assumir, povoando um imaginário surreal popular, de gosto pela urbe, no sentido cosmopolita do termo... Exposta pela penitência e castigo da bruma nasce a cor de um vermelho erótico e a prisão do frio de azul, congregando uma mesma lógica discursiva ...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

“Deus não te arranca do teu ambiente”

Deus não te arranca do teu ambiente, não te tira do mundo, nem do teu estado, nem das tuas ambições humanas nobres, nem do teu trabalho profissional... mas, aí, quer-te santo! (Forja, 362) Convencei-vos de que a vocação profissional é parte essencial e inseparável da nossa condição de cristãos. O Senhor quer que sejais santos no lugar onde estais e no trabalho que haveis escolhido pelas razões que vos aprouveram: pela minha parte, todos me parecem bons e nobres – desde que não se oponham à lei divina – e capazes de ser elevados ao plano sobrenatural, isto é, enxertados nessa corrente de Amor que define a vida de um filho de Deus. (...). Temos de evitar o erro de considerar que o apostolado se reduz ao testemunho de algumas práticas piedosas. Tu e eu somos cristãos, mas, ao mesmo tempo e sem solução de continuidade, cidadãos e trabalhadores, com obrigações bem nítidas que temos de cumprir exemplarmente, se deveras queremos santificar-nos. É Jesus Cristo que nos estimula: Vós sois a luz do mundo. (Amigos de Deus, 60–61). Instituto Histórico São Josemaria Escrivá de Balaguer

Momentos de Especulação :Pró-Vida / Pró-Desenho

Exposição de Pintura : "Go-És" - 2006

"Anunciação",120x90cm,2006 "Natividade",120x90cm,2006 "Calix",120x90cm,2006

terça-feira, 22 de setembro de 2009

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Exposição de Pintura : "Mata-Bicho" - 2009

Entre a PERFEIÇÃO e a PERDIÇÃO, entre a SANTIDADE e a DEPRAVAÇÃO, qual David versus Golias, qual Salomé versus João Batista, « Mata-Bicho » apresenta-nos uma crítica ao antropocentrismo social, para isso invocando aquilo que é servido pela sociedade e do qual esta se serve mediatizando-a. Materializando a arte como compromisso crítico de socialização a exposição « Mata-Bicho » vê-se entre o « Bicho-Social que é morto » e o « Bicho que mata », fazendo uso de um desenho de manchas num primeiro momento em que toma a temática mitológica do Minotauro e num segundo momento, quase cartoonista e caricatural, a temática do Bicho-Homem que auto-martiriza a Humanidade viciosamente.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Cinzas Pintadas

Encaracolo o olhar, Removo a face, Para te conhecer... Descubro a carne, Queimo os ossos, Purifico o que de mim resta, Solto ao vento, Porque a natureza enterra, Parto, reparto, Deito-me à espera , ainda a pintar...

Pontes Celebrantes

Queira ou não queira, A carnal submissão humana, Ergue faixos que se distendem, Quando os homens não compreendem, O lacrimejar das pedras, Que do tempo das Quimeras, Ergueram pontes aos felizardos. Fundidas pelas feras, Levaram a argamassa dura, Que até hoje perdura , E, outrora fora magma incandescente. Um qualquer castiçal prudente, Ergueria a mesma luz, De peregrino errante, Caminhante do desespero, Que clama pela razão, Em sacrificial profecia, De sacrosanta celebração.

Velante Ser

Velante Ser O lacrimejar das estátuas, Branqueadas pela luz Na penumbra da noite, E a nocturna consciência, Abalam o coração que resoa, Como um tímbalo que retine, Como um sino que toca, Mendigando, Como a vela acessa a tornar-se peregrina, Do meu humano velante ser...

Sofrida Adoração

Qual monge guerreiro, Cavaleiro de bíblia na mão, Se intrepôs à vontade do homem ?! Qual Humana voz que chora, Se comove com o gritar dos incardidos ?! O pano caído jamais será levantado, O teatro embora perdure agita As celestinas complacências. Quando vieres, vem devagar, Mas leva-me depressa ... Qual submissão das feras, Homem, Touro, Águia , Leão, Todos se prostraram, Todos são servos, da sofrida adoração.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O Objectivo da Arte não é ser Moral nem Imoral

Por Fernando Pessoa A arte não tem, para o artista, fim social. Tem, sim, um destino social, mas o artista nunca sabe qual ele é, porque a Natureza o oculta no labirinto dos seus designios. Eu explico melhor. O artista deve escrever, pintar, esculpir, sem olhar a outra cousa que ao que escreve, pinta, ou esculpe. Deve escrever sem olhar para fora de si. Por isso a arte, não deve ser, propositadamente, moral nem imoral. É tão vergonhoso fazer arte moral como fazer arte imoral. Ambas as [cousas] implicam que o artista desceu a preocupar-se com a gente de lá fora. Tão inferior é, neste ponto, um sermonário católico como um triste Wilde ou d'Annunzio, sempre com a preocupação de irritar a plateia. Irritar é um modo de agradar. Todas as criaturas que gostam de mulheres sabem isso, e eu também sei. in 'Sobre «Orpheu», Sensacionismo e Paùlismo'

"Eros óptico"

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Cultura e Responsabilidade

Falar de Ambiente e Integração é necessariamente falar de responsabilidade social para com o património histórico e cultural. Se ambiente é enquanto espaço, local de fruição, vivência, contacto de relações, estes espaços da urbe e /ou natureza somente conseguem uma simbiose e correcta integração através de um sincretismo ou miscigenação cultural, que para além de ecléctica consiga abrir às realidades funcionais da urbe a convivência estética do paisagismo naturalista às novas necessidades ecológicas de sustentabilidade. Porém os novos ambientes, ou novas espacialidades “virtuais” criadas pelas tecnologias da informação e comunicação, se por um lado, agem, como “revolucionários” do saber e “modus vivendi”, por outro, reagem, como “reaccionários”que aqui caducam a evolução natural da consciencialização para a cultura. São os neologismos criados, os estrangeirismos, a nova gíria e calão que embora não constituindo matriz cultural, se assumem como pseudo-cultura, de globalização infernal, como se esta deve-se ser uma assimilação de culturas e fusão de civilizações.
Impera que a responsabilidade pela preservação da identidade, sirva de base de partida e não de utopia de chegada. Os colonialismos outrora políticos, deram lugar aos económicos, futuramente lugar darão a uma parceria de interesses de base cultural… Mas entretanto as espacialidades virtuais tem permitido catalisar uma contra-informação de generativa, facilitista, viciosa capaz de influenciar uma sociedade cada vez mais descaracterizada, dar sinais e inaugurar conceitos e etnias. A par e passo de uma arquitectura virtual, a da “urbe” se não romper o preconceito, poderá originar fenómenos, ou de integração forçada - coisa que não é integração- e/ou originar fenómenos de guetização social. Mais uma vez a resposta passa por uma Educação na Cultura, e não um ensino para a cultura; uma Educação Valorativa e não decadente, que incuta responsabilidade, respeito pelo património e pela história, e demais que não se confunda Cultura com Arte.