- 11 de Novembro de 2010 - Biblioteca Pública Municipal do Porto -
Qual devoção versus martírio?... Qual “pnema” versus “anima”?... Tudo isto, não bastou para que não houvesse ceifa… restou somente a esperança dos “morituri” e seus anseios de “misere pro nobis”…
A religião e a mitologia ivocaram os cavaleiros ( apocalípticos), a ciência, esta somente ivocou os homens…
Áqueles que do Talho à estrebaria, da igreja ao cemitério, do hospital à morgue, do farinheiro à padaria, da alfândega às caves burguesas, S. Cosme e S. Damião não lhes valeram, o pulgão propagou a peste, a mesma que enclausurou, do mundo, a cidade …
Concebo o desenho não só como linguagem e/ou instrumento de registo da investigação processual mas como “re-criador” mimético de “ magias “, ora expressas pela mancha empírica, ora determinadas pela geometria da linha que se opõe a grotescos satíricos e simbólicos que povoam a superfície do papel. Neste antagonismo expõe-se sobre um carácter ilustrativo por vezes científico , as fragilidades da carne efémera humana…