sexta-feira, 24 de agosto de 2012

segunda-feira, 21 de maio de 2012

"Vinho e Bordado também é Arte"

O secretário regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, Manuel António Correia, realçou esta tarde que vinho e bordado também é arte, enaltecendo a qualidade artistica dos expositores da "In Hoc Signo - Madeira Wine" patente no IVBAM.


«Vinho e Bordado também é arte, e neste caso, temos milhares de artistas na Madeira que são as pessoas que anualmente fazem estes produtos de exceção», realçou o governante na abertura da exposição coletiva de Diogo Goes, Jorge Braga e Agostinho Santos.

«Estes artistas souberam assumir a inspiração da arte destes sectores produzindo uma arte diferente, complementar, uma transformação e uma abordagem muito criativa e em alguns casos provocadora», salientou Manuel António Correia.

Diogo Goes é um artista madeirense cujo trabalho artístico foi enaltecido pelo governante. «Através destes quadros revela que é um excelente pensador e isso dá-nos esperança, principalmente num momento difícil como este, precisamos de pessoas que transmitam a mensagem de que ninguém se rende», elogiou.

Por seu turno, Diogo Goes explicou que esta exposição "In Hoc Signo - Madeira Wine" partiu de um convite da Fundação da Juventude no âmbito do circuito do Vinho do Porto e, sendo madeirense, aproveitou a oportunidade de trazer à Região alguns artistas do Porto. «Há aqui uma abordagem à vinha que não pretende ser uma representação direta da paisagem, mas convergir às temáticas que os artistas trabalham», salientou.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

In Hoc Signo - Madeira Wine in Museu da Electricidade

Nova exposição de Diogo Goes junta política, religião e outros temas numa abordagem provocatória
por Paula Henriques, Diário de Notícias EDIÇÃO IMPRESSA
“Não me interessa que as pessoas digam ele até pinta bem, ele até desenha bem (...). Mas interessa-me esta desconstrução ideológica do bonito. E interessa-me a história do feio, a mensagem (...). Aqui interessa que o espectador até não goste. Porque a cor é violenta, porque a mensagem é violenta” diz Diogo Goes sobre ‘In Hoc Signo – Madeira Wine’, a exposição que abriu ontem no Museu da Electricidade da Madeira – Casa da Luz. Os trabalhos do jovem madeirense e de Agostinho Santos ficam patentes ao público até 4 de Maio. É com uma exposição provocatória, intensa em cores e formas que o jovem artista plástico regressa ao Funchal, a terra Natal que deixou há cinco anos para se formar em Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. A religião, a política, o aborto, o sexo, a natureza são focados no conjunto, um trabalho realizado entre a figuração e a abstracção a partir de um conto popular madeirense que quer acima de tudo inquietar e despertar para o lado ‘feio’ da arte. O jovem de 22 anos confessa que não é inocente. “Há uma ideologia no sentido bom da palavra, quanto às concepções da pintura, em que há sempre uma mensagem político-religiosa, que quem me conhece sabe qual é aquela em que acredito, mas eu tento provocar o espectador potenciando exactamente o contrário. E ao mesmo tempo que falo de dogmas teológicos, coloco numa bordagem mais erótica; ao mesmo tempo que falo de um modo político, desconstruo através da pintura. Interessa-me aqui o confronto de ideias”. As figuras do burro, da galinha, da cabra e do cão foram retiradas do conto popular da pisa da uva e são exploradas num plano político e num plano religioso, dando corpo a uma narrativa em torno do vinho Madeira. os materiais são diversos, com predominância da madeira. Diogo Goes recupera a herança histórica dos retábulos que antigamente eram feitos directamente sobre este material. O vidro, o arame, o inox também estão presentes. De destacar a presença de algumas estátuas religiosas e de uma instalação que acompanha a dezena e meia de trabalhos em grande formato. Na instalação amontoa os quadros queimados no decorrer de uma performance gravada em vídeo que esteve no Museu de Serralves e noutros espaços do Porto que é apresentada também no Funchal. As imagens são de um artista a queimar os trabalhos e a autoflagelar-se por isso. ‘In Hoc Signo – Madeira Wine’ partiu de uma proposta da Fundação da Juventude em relação ao Vinho do Porto, estendida à Região com novos trabalhos. A maior parte dos trabalhos foram realizados especificamente para o Funchal. Outros já estiveram em exposição no Porto.Além desta, no dia 17 de Maio abre outra no Instituto do Vinho, uma colectiva com Diogo Goes, Agostinho Santos e Jorge Braga; e uma terceira também dos três na segunda semana de Junho, em dia a confirmar, no Teatro Baltazar Dias.






sábado, 17 de março de 2012

Diogo Goes traz ao Funchal “In Hoc Signo - Vinho Madeira”

PUBLICADO NA EDIÇÃO IMPRESSA
Sabado, 17 de Março de 2012
Por Lucia Mendonça da Silva
O Museu de Electricidade Casa Luz será o primeiro espaço a acolher a exposição que o artista plástico madeirense Diogo Goes apresentará, a partir do próximo mês, no Funchal sob o tema “In Hoc Signo - Madeira Wine”.

Trazida à Região no seguimento do “Circuito do Vinho do Porto”, um projecto promovido pela Fundação da Juventude com a Associação Cultural Ar Evento, e do qual o Diogo Goes faz parte, esta exposição promoverá desta feita o Vinho Madeira, produto que o inspirou e que o levou a criar as obras que vão poder ser vistas na “Casa da Luz”, a partir de 4 de Abril; no Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM), a partir de 17 de Maio, e no Teatro Municipal Baltazar Dias (com data de inauguração ainda por confirmar).

Contando na Região com o apoio da Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, Direcção Regional de Juventude e IVBAM, Diogo Goes revelou que nestas exposições participarão outros artistas nacionais, nomeadamente, Agostinho Santos e Jorge Braga.

Ainda em relação à exposição que será inaugurada no dia 4 de Abril, pelas 18h00, no Museu de Electricidade Casa da Luz, o artista madeirense revelou que, nesta mostra vão estar expostos cerca de 20 trabalhos de grande fomato e à volta de 40 de pequeno formato, todos da sua autoria. Já Agostinho Santos apresentará 15 trabalhos de pequeno formato, peças criadas a partir de caixas de madeira para vinho.

Inspirando-se nos contos populares, bem como em textos teológicos e literários, Diogo Goes explicou ainda que recorreu a figuras grotescas (burros, vacas e galinhas) e transformou-as em «ícones da cultura madeirense», traçando, como mensagem subjacente, a humildade e o trabalho árduo que estão, no seu entender, na génese da produção do Vinho Madeira.





Lucia Mendonça da Silva

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012